sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Grande inauguração - 6ªFeira 13

Após palmilharmos um inferno de incertezas, penarmos meses e meses este sofrimento atroz, derramarmos o nosso próprio sangue, e depois de termos vertido mil regatos de lágrimas salgadas, conseguimos por o Blog de pé.



Infelizmente, fritámos a marmita no processo.



E é tudo o que tenho a dizer sobre este assunto... mas não Adrúbél, o castor audacioso.

Asdrúbél vivia lá para os lados da Noruega, onde existia (e existe, segundo as escrituras) uma floresta encantada onde se dizia (e diz, segundo as escrituras) que os animais falavam!

Todas as manhas o nosso amigo castor ia até á vila dos animais comprar abacates ofensivos para exterminar uma praga de remorsos que havia feito ninho na sua cave.

O personagem extremamente marcante e caricata que lhe costumava vender os abacates era uma máquina de venda automática, que jazia de luzes fundidas e vitrina empoeirada encostada á porta de um cavalo.

Naquele dia porém, algo não correra como previsto; Adrúbél comprara os abacates e guardara-os muito bem como sempre, todos enrolados no bolso, e depois dirigiu-se, calmamente á igreja, onde habitualmente limava o calo do joanete, porém desta vez, quando chegou á igreja, olhou para os seus pés e viu um bichinho colorido com pelo muito engraçado e rabito farfalhudo, todo estripado e com a carne dilacerada, a olhar perdidamente para o tecto, embora sem um dos olhos, que repousava um pouco achatado ali a meio metro.

Foi então que entrou no átrio da igreja, pela porta lá ao fundo, esquecida e mal iluminada, uma silhueta de porte invejável, com passo seguro e certo, ar altivo e expressão confiante que se dirigia a Asdrúbél. À medida que este se aproximava e saía da negra penumbra da igreja, o castor podia agora vê-lo, era Girino o Estúpido, a arrastar-se todo torto pelo chão, meio de lado meio de costas, num sacrifício hilariante para se manter vivo fora de água.

E assim termina o conto de Asdrúbél o castor, que em relação ao blog Bestas Iluminadas só tem a dizer que mete-lhe nojo a forma como algumas pessoas cospem de dentro dos carros com o vidro fechado.

Por Guerra, o Corrécio

2 comentários:

  1. "...uma silhueta de porte invejável, com passo seguro e certo, ar altivo e expressão confiante...", "...era Girino o Estúpido (nome lindo lol!), a arrastar-se todo torto pelo chão, meio de lado meio de costas, num sacrifício hilariante para se manter vivo fora de água."

    Sempre soube que fechado nessa tua mente existe um jardim zoológico de bizarrias coloridas que dá gosto desfrutar ;)

    O que uns fazem com gauches, tu fazes com palavras e expressões lol

    Nelinho;)

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  2. Corrécio, és o maior.
    Quero entrar para o teu clube de fâs.
    Citronela

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